Postagem no Abertura Mundo Jurídico em 07/jan/2019...
Considerações preliminares sobre o conceito de socialismo e ideologia
O texto descreve didaticamente o significado de socialismo e ideologia e esclarece que o Brasil nunca foi socialista, trazendo referências filosóficas e sociológicas.
Fonte: Gisele Leite e Ramiro Luiz Pereira da Cruz
Postado em 07 de Janeiro de 2019, 11:46
O
socialismo estatal, conforme fora imaginado por Marx[1], é o modo de
produção que substituirá o capitalismo industrial, com a maior
probabilidade, através de revolução dos trabalhadores, mas também
mediante mudança evolutiva gradual.
A
respeito do capitalismo, os meios de produção são de propriedade dos
capitalistas e por estes controlados. Afinal, empregam trabalhadores com
o objetivo de produzir riqueza em troca de salário. E, tal fenômeno é
materializa com apoio do Estado, que depende certamente do capitalismo
para captar recursos.
No
entanto, o socialismo estatal traz os meios de produção, tal como a
propriedade e ferramentas do trabalho, controlados por um Estado
democrático ou por organizações coletivas de trabalhadores, ambos
atuando diretamente em prol dos mesmos.
Um
dos objetivos do socialismo é destruir o sistema de classes e, por
isso, extinguir a exploração, a opressão e alienação de trabalhadores,
substituindo a cobiça e a motivação pelo lucro pela preocupação com o
bem-estar coletivo e, usando tal interesse, e não as regras do mercado,
como base para a tomada de decisões sobre a produção e uso de recursos.
Nesse
sentido, não podemos confundir adoção de políticas públicas[2] com
socialismo. Nenhuma sociedade capitalista avançada passou por uma
revolução socialista, e há até quem cogite sobre a dúvida de ser o
Estado socialista realmente viável. O Brasil nunca foi socialista e,
infelizmente, é precariamente capitalista.
O
socialismo é termo que designa, particularmente a partir do século XIX,
as diferentes doutrinas políticas tais como o socialismo de Marx, de
Saint-Simon[3], de Fourier, de Proudhon[4] etc.
E,
todas essas doutrinas têm, entretanto, em comum, a proposta de mudança
de organização econômica e política da sociedade, objetivando o
interesse geral contra o interesse de uma ou mais classes sociais
privilegiadas, com base nas ideias de igualdade e justiça social.
Porém,
distingue-se o socialismo democrático que prega tais mudanças através
da via institucional, através de reformas defendidas e realizadas como
parte integrante do processo democrático.
Aliás,
o socialismo revolucionário é aquele que defende a necessidade de
radicais mudanças por meio de um processo revolucionário de
transformação da sociedade.
O
Brasil jamais foi socialista. O socialismo nunca existiu aqui nesses
pobres trópicos. É risível pretender que uma pátria malparida que nem
sequer consegue ser capitalista, desejar-lhe algo diferente do que
simplesmente é.
O
Brasil que já foi colônia, império e hoje tenta ser uma república.
Ainda luta por viver de forma democrática. Em estabelecer mínimos laços
com o mundo. Em fazer parte da aldeia global, apesar de perfazer elipses
desfocadas.
Temos
uma história apagadiça. Nossos heróis são arremedos trágicos dos
abismos onde se firmou boa parte da saga brasileira. O Brasil é o
Nordeste, o Norte, o sudeste, o sul e, também, o centro-oeste.
E, enfincada no umbigo, reside a bela capital Brasília, candanga e centrada num cerrado seco e ornado com lago artificial.
Por
vezes, insistem em pincelar tendências socializantes, no afã de serem
simpáticos e populistas. Mas, o que de fato são é pura demagogia: é
conduzir a alienação popular para o breu das docas, do sub-reptício
desejo de ter poder, de concentrar riquezas e vencer na manipulação
diária de massas e de rejeitados.
O
Brasil ensaiou a vida inteira uma independência, gritada a margem do
riacho Ipiranga... por príncipe português... que seguia o conselho de
seu velho pai glutão e sifilítico. Talvez Carlota Joaquina[5] tivesse
razão... em arremessar os sapatos em pleno Oceano Atlântico para não
levar nem a reles poeira desse lugar. Ela que aportou, infestada de
piolhos, bem como toda a tripulação, e com uma ânsia de voltar à
Espanha, de onde nunca deveria ter saído.
É
assim que nós brasileiros, nos sentimos, como aqueles que deveriam
existir como cidadão, ser humano e não como mero instrumento de manobra
política.
É
importante ainda trazer o esclarecimento do que vem a ser ideologia
(grifo nosso), pois, trata-se de termo criado por Destut de Tracy, na
obra Ideologie em 1801 para designar a análise das sensações e das
ideias seguindo o modelo traçado por Condillac[6]. Em verdade, a
ideologia constituiu uma corrente filosófica que traduziu a transição do
empirismo iluminista para o espiritualismo tradicional e que floresceu
na primeira metade do século XIX.
Historicamente,
como alguns ideologistas franceses eram avessos à Napoleão Bonaparte,
empregou-se o termo no sentido depreciativo, pretendendo-se assim
identificar com os sectários ou dogmáticos, sendo pessoas carecedoras de
senso político e, em geral, sem contato com a realidade.
A
ideologia a partir de meados do século XIX passou ser a noção
fundamental no marxismo, constituindo um dos maiores instrumentos na
luta contra a chamada cultura burguesa. Assim a ideologia seria formada
por crenças religiosas, filosóficas, políticas e morais que dependiam
das relações de produção e de trabalho, marcando determinada fase da
história econômica da humanidade. E, tal tese mais tarde fora chamada de
materialismo histórico.
O
socialismo é termo que se difundira na Inglaterra em oposição ao
individualismo, isto nas primeiras décadas do século XIX, e possui duas
principais significações, a saber: 1ª que é lato sensu designando assim,
em geral, qualquer doutrina que defenda ou preconize a reorganização da
sociedade em bases coletivistas. E, desta forma, cogita-se no
socialismo de Platão[7] e o de Marx, o de Owen, de Prodhon, o de Lênin e
até o de Stálin[8].
O
socialismo utópico seria aquele para o qual a sociedade socialista
seria um ideal que não levaria em conta as vias ou os modos de
realizá-la. Já o socialismo científico é aquele que não apresenta
qualquer ideal e apenas prevê o advento inexorável da sociedade
socialista com base nas próprias leis que determinem o desenvolvimento
da sociedade capitalista.
Em
verdade, o termo socialismo é bastante vago e serve para qualquer
aspiração, ideal ou tendência doutrinária que tenha como foco alguma
transformação da sociedade atual em sentido coletivista.
Entre
nós, brasileiros[9], o pedagogo Darcy Ribeiro[10] (1922-1997) foi
inspirador da noção de socialismo moreno, ou simplesmente, à brasileira,
que, aliás, não segue nenhum dos modelos já existentes na época. De
certa forma, revivemos tal socialismo moreno com Leonel Brizola que em
verdade era apenas um fiel seguidor das ideias de Júlio de
Castilhos[11], com sua constante preocupação com a educação pública
gratuita e de qualidade baseando que o progresso humano pela ciência bem
como a tecnificação do Estado que traria progresso para a Administração
Pública e a valoração do trabalho no Brasil.
João
Trajano Sento-Sé nos ensinou que existem várias vozes do socialismo
moreno quando em notável artigo analisou a construção do partido
democrático- trabalhista ocorrida na década de 1980, tendo como cenário o
Rio de Janeiro.
Já
adentrando a História de Portugal, o partido socialista foi um
movimento político lusitano, que fora estabelecido em 1973 na cidade
alemã de Bad Munstereifel, por militantes da Associação Socialista
Portuguesa (ASP) criada pela primeira vez em 1964.
Os
antecedentes originais do Partido Socialista português provem da
criação em 1875 do Partido Socialista Português, fundado então por Azedo
Gneco, Antero de Quental e José Fontana, dentre outros na sequência do
Congresso da Haia (Genebra) da Associação Internacional dos
Trabalhadores, mas foi dissolvido na década dos trinta do século XX
durante o período da ditadura (1926-1974), sendo refundado como Partido
Socialista na Alemanha em 1973.
Desde
a queda e derrocada do Muro de Berlim em 1989 e a desintegração da
União Soviética em 1991, o real socialismo ruiu no mundo. E, o que
existe ainda, são meras utopias de alguns pensadores e jovens,
circunscritas à pequenos espaços como a ilha de Cuba ou mantido por
ditadores como o da Coreia do norte.
Referências:
JOHNSON,
Allan G. Dicionário de Sociologia. Guia Prática da Linguagem
sociológica. Tradução de Ruy Jungmann. Consultoria de Renato Lessa. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.
DOS SANTOS, Mário Ferreira. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
ABBAGNANO,
Nicola. Dicionário de Filosofia. Tradução de Alfredo Bossi. Revisão de
tradução de Ivone Castilho Benedetti. 5ª edição. São Paulo: Martins
Fontes, 2007.
JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de Filosofia. 3 Edição. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.
SENTO-SÉ,
João Trajano. Democracia Limitada. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/resenha/rs1201200208.htm. Acesso em
05.1.2019.
_______________________
As várias cores do socialismo moreno. Disponível em:
https://seer.ufrgs.br/anos90/article/view/6351. Acesso em 04.1.2019.
Notas:
[1] Karl
Heinrich Marx (1818-1883) foi filósofo, sociólogo, jornalista e
revolucionário socialista. Nascido na Prússia, porém, mais tarde veio a
se tornar apátrida e, passou grande parte de sua vida em Londres.
Publicou vários livros, sendo “O Manifesto Comunista” (1848) e “O
Capital” (1867-1894) as obras mais proeminentes. As teorias de Marx
sobre a sociedade, a economia e a política — a compreensão coletiva do
que é conhecido como o marxismo — sustentam que as sociedades humanas
progridem através da luta de classes (um conflito entre uma classe
social que controla os meios de produção e a classe trabalhadora, que
fornece a mão de obra para a produção) e que o Estado foi criado para
proteger os interesses da classe dominante embora seja apresentado como
um instrumento que representa o interesse comum de todos. Além disso,
ele previu que, assim como os sistemas socioeconômicos anteriores, o
capitalismo produziria tensões internas que conduziriam à sua
autodestruição e substituição por um novo sistema: o socialismo.
[2]
O conceito de políticas públicas pode possuir dois sentidos diferentes.
No sentido político, encara-se a política pública como um processo de
decisão, em que há naturalmente conflitos de interesses. Por meio das
políticas públicas, o governo decide o que fazer ou não fazer. Assumindo
suas decisões administrativas voltadas para atender necessidades do
Estado e do povo. O segundo sentido se dá do ponto de vista
administrativo: as políticas públicas são um conjunto de projetos,
programas e atividades realizadas pelo governo. Uma política pública
pode tanto ser parte de uma política de Estado ou uma política de
governo. Cumpre ainda esclarecer a diferença entre essas políticas, a
saber: uma política de Estado é toda política que independente do
governo e do governante deve ser realizada porque é amparada pela
constituição. Já uma política de governo pode depender da alternância
de poder. Cada governo tem seus projetos, que por sua vez se transformam
em políticas públicas. Citamos alguns exemplos dessa distinção: é muito
comum ouvirmos dizer que a política externa do país deve ser uma
política de Estado, ou seja, uma política orientada por ideais que
transcendem governos e que se mantêm no longo prazo. Políticas públicas
eficientes que têm continuidade de um governo para outro podem se
transformar em política de Estado. Um possível exemplo disso é o
programa Bolsa Família, criado e expandido no governo do PT, cujos bons
resultados levaram o líder oposicionista Aécio Neves a propor que o
programa seja transformado em política de Estado brasileiro, no ano de
2014 (a ideia seria incorporar o programa à Lei Orgânica da Assistência
Social).
[3]
Claude-Henri de Rouvroy, Conde de Saint-Simon (1760-1825) foi filósofo e
economista francês, um dos fundadores do socialismo moderno e teórico
do socialismo utópico. Também possui algumas obras de inspiração
religiosa e, no final de sua vida obteve uma vida tranquila
economicamente, devido às pessoas que participavam de seu grupo de
estudos. Em 1817, Saint-Simon publicou um manifesto chamado "Declaração
dos Princípios" no seu trabalho intitulado "A Indústria". A declaração
foi sobre os princípios de uma ideologia chamada industrialismo, que
clamava pela criação de uma sociedade liderada por pessoas que ele
definiu como classe industrial. A classe industrial, também referida
como a classe trabalhadora, era definida como a classe formada pelas
pessoas envolvidas no processo produtivo, como homens de negócio,
gerentes, cientistas, banqueiros, trabalhadores manuais, etc. Ele
alegava que o primeiro entrave para as necessidades da classe industrial
eram as pessoas que viviam como "parasitárias", que se beneficiavam de
outros, enquanto evitavam trabalhar. Ele considerou as origens dessa
"classe parasitária" relacionadas ao que ele chamou de "preguiça natural
da humanidade". Ele guardou o papel do governo nessa questão como de
assegurador dessa produtividade e de diminuidor do ócio na sociedade.
Ele era veementemente contra qualquer intervenção do governo na economia
fora esses dois papéis citados, dizendo que qualquer intervenção fora
dessas duas áreas faz o governo se tornar um "inimigo tirânico da
indústria" e que a economia industrial iria decair, caso isso
acontecesse. Saint-Simon enfatizou a necessidade do reconhecimento do
mérito individual e da hierarquia do mérito na sociedade e na economia,
como a sociedade tendo chefes e cientistas, para decidirem sobre o
mercado e sobre o governo.
[4] Pierre-Joseph
Proudhon (1809-1865) foi filosofo político e econômico francês, também
fora membro do Parlamento Francês. É considerado um dos mais influentes
teóricos do anarquismo, sendo o primeiro a se autoproclamar anarquista,
até então, um termo considerado pejorativo entre os revolucionários e
foi líder intelectual dos anarquistas norte-americanos, além de ser o
primeiro assumidamente anarquista da história. Em vida fora chamado de
socialista utópico por Marx e seus seguidores, alcunha que jamais
aceitou e se reconheceu. Após a revolução de 1848 passou a se denominar
federalista.
[5] Carlota
Joaquina Teresa Cayetana de Bourbon (1775-1830) foi esposa do rei João
VI e rainha consorte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e
depois do Reino de Portugal e Algarves de 1815 a 1826. Filha primogênita
do rei Carlos IV da Espanha e da princesa Maria Luísa de Parma.
Casou-se com apenas dez anos em 1785, com então Duque de Beja, que
subiria ao trono de Portugal em 1816, com o título de D. João VI, numa
tentativa de concretizar laços entre as duas coroas ibéricas. Seus
hábitos e costumes mais liberais diferenciavam em muitos aspectos do de
outras mulheres da corte. Bastante tradicionais com relação ao
comportamento feminino, os homens portugueses desaprovavam a
desenvoltura com que D. Carlota transitava no espaço público, sua
atuação no campo político e seu destempero no cotidiano familiar. Uma
vez que a maioria das mulheres portuguesas eram privadas do convívio
social, o comportamento transgressor de Carlota Joaquina deu margem para
que certos boatos maliciosos a seu respeito fossem levantados pela
corte.
[6]
Étinne Bonnot de Condillac (1714-1780) foi filósofo francês. Elegeu-se,
em 1768, para a Academia Francesa e também foi membro da Academia de
Berlim. Foi encarregado em 1777 pelo governo polonês de redigir uma
Lógica clássica para a escolas daquele país. Amigo de Diderot, Rousseau
e Duclos, Condillac foi inicialmente discípulo de Bacon e de Locke,
elaborando depois sua própria doutrina, o sensualismo. No seu Traité des
Sensations, de 1754, defende o princípio de que todas as ideias provêm
dos sentidos. Ele é amplamente citado por Lavoisier no seu "Discurso
preliminar" ao famoso "Tratado elementar de química" (obra fundamental
da química moderna).
[7] As
preferências políticas de Platão são conhecidas. Organizaria uma polis
do seguinte modo: à sua cabeça estaria o Filósofo-Rei, aquele que é
capaz de alcançar a Verdade que habita no mundo das Ideias e apenas ao
alcance dos filósofos; os Guardiões assegurariam a segurança interna e a
protecção externa; e os Trabalhadores conceberiam os bens e serviços
para a sociedade Platão foi o primeiro pensador político a conceber a
ideia da necessidade de construção de campos de concentração como
solução política para os relapsos políticos.
[8]
O socialismo de Stálin ou stalinismo designou o período em que o poder
político na antiga União Soviética e foi exercido por Josef Stalin. Não
chegou a ser uma teoria, uma vez que não articula de forma sistemática
ou original determinados conceitos ou princípios. Críticos trotskistas
do stalinismo afirmam que tal corrente é antimarxista: alguns afirmam
que é totalitária e mesmo fascista. Entre os académicos marxistas, tal
corrente (junto com outras) é chamada de marxismo vulgar, por ter
incorporado à sua base ideológica pensamentos não originários de Karl
Marx.
[9] No
Brasil existiu partido socialista criada por dissidentes do PDT
liderados pelo advogado Boris Nicolaievski e ainda pelo então deputado
federal Sebastião Nery, do Rio de Janeiro. Fora fundado em 1985 depois
da EC 25 que aboliu a fidelidade partidária e ainda autorizava partidos
com registros provisórios juntos ao TSE podendo disputar as eleições do
referido ano. Apesar de ser considerado, a priori, um partido de
esquerda, o partido socialista apoiou nas eleições para prefeito do Rio
de Janeiro naquele mesmo ano, o empresário conservador Rubem Medina,
então proprietário da Artplan e fundador da seção fluminense do PFL, a
principal agremiação conservadora brasileira.
[10]
Darcy Ribeiro (1922-1997) foi antropólogo, escritor e político
brasileiro, conhecido por seu foco em relação aos índios e à educação no
país. Suas ideias de identidade latino-americana influenciaram vários
estudiosos latino-americanos posteriores. Como Ministro da Educação do
Brasil realizou profundas reformas que o levou a ser convidado a
participar de reformas universitárias no Chile, Peru, Venezuela, México e
Uruguai, depois de deixar o Brasil devido à ditadura militar de 1964.
Foi casado com a etnóloga e antropóloga Berta Gleizer Ribeiro, até 1974.
Exerceu o mandato de senador pelo Rio de Janeiro de 1991 até sua morte
em 1997 - anunciada por um lento processo canceroso que comoveu o
Brasil. Darcy, sempre polêmico e ardoroso defensor de suas ideias, teve,
em sua longa agonia, o reconhecimento e admiração até dos adversários.
[11]
Júlio Prates de Castilhos (1860-1903) foi um jornalista e político
brasileiro, foi eleito o Patriarca do Rio Grande d Sul pelos seus
conterrâneos. Foi presidente do Rio Grande do Sul por duas vezes e
principal autor da Constituição Estadual de 1891. O chamado castilhismo
consolidou-se como corrente política e teve voz ativa por cerca de
quarenta anos, principalmente no Rio Grande do Sul, mas também no
restante do Brasil. Borges de Medeiros, sucessor de Castilhos, seguiu
firmemente os ideais do mestre à frente do governo estadual.
Autores:
Gisele Leite e Ramiro Luiz Pereira da Cruz
Original disponível em: (https://www.jornaljurid.com.br/colunas/gisele-leite/consideracoes-preliminares-sobre-o-conceito-de-socialismo-e-ideologia). Acesso em 07/jan/2019.
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