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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

'O brasileiro não tem a menor noção do que é a igualdade' (Antonio Carlos Fester)

ter, 10/12/2013 - 07:07

'O brasileiro não tem a menor noção do que é a igualdade'

Jornal GGN – Na véspera do aniversário de 65 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), o programa “Brasilianas.org” debateu as ações para promover liberdades e garantias aos indivíduos e grupos da nossa sociedade. “O grande problema da vigência dos direitos humanos no Brasil é a falta de educação. Educação para os direitos humanos. É uma coisa que não está na mentalidade do brasileiro”, afirmou Antonio Carlos Fester, membro da Comissão de Justiça e Paz de São Paulo.

Na opinião do especialista, um dos participantes da discussão mediada pelo jornalista Luis Nassif na noite da última segunda-feira (9), a nossa sociedade é “muito baseada no ter e não no ser”. Ele disse, ainda, que “o brasileiro entende, bem ou mal, o que é a liberdade, mas não tem a menor noção do que é a igualdade”.

Fester esteve presente nos estúdios da TV Brasil ao lado do presidente do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana), Ivan Seixas. Para ele, “o maior descalabro, com certeza, é contra o cidadão que é preso”.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo, Martim de Almeida Sampaio, também participou da discussão e criticou as atuais condições do sistema carcerário. “Tal é o déficit de direitos humanos nas cadeias públicas brasileiras, que qualquer coisa que se faça, ainda é muito pouco”.

Os especialistas estenderam suas críticas à atuação da polícia. “A cultura de eliminação do inimigo continua. Não se mexeu nisso, ainda hoje”, disse Sampaio. Já Seixas e Fester defendem que a preparação dos policiais seja reformulada. “Temos que ter uma formação que não é de Guerra Fria”, afirmou o presidente do Condepe.

Mas o país conseguiu evoluir em alguns aspectos, avalia Martin. “Esse bate-papo que estamos fazendo hoje, aqui, há quarenta anos seria impossível”, disse o advogado. “A gente vive uma sociedade disfuncional, com muitas contradições. Acho que existem setores que percebem essas contradições e conseguem avançar.”

Entre os exemplos citados por Sampaio, está o movimento LGBT. No entanto, Fester deixou claro que não pensa assim. “Continuamos sendo os campões mundiais em mortes de homossexuais”, disse. O Grupo Gay da Bahia, associação de defesa dos direitos dos gays, contabilizou 338 mortes em 2012. “Os homossexuais estão sendo ‘aceitos’ porque se tornaram um mercado. Só por isso”, criticou o membro da Comissão de Justiça e Paz de São Paulo.
Disponível em: (http://jornalggn.com.br/noticia/%E2%80%9Co-brasileiro-nao-tem-a-menor-nocao-do-que-e-a-igualdade%E2%80%9D#.Uqbmr5EgSE8.twitter).