25/mar/2014...

Ana Paula Dalbosco ocupa vaga destinada
aos membros da Advocacia(Fotos: Sergio Trentini)

Nova Desembargadora recebe as boas-vindas
do Presidente do TJRS, Desembargador Aquino
Corte gaúcha conta com nova Desembargadora
Ana Paula Dalbosco ocupa vaga destinada
aos membros da Advocacia(Fotos: Sergio Trentini)
Nesta segunda-feira (24/3), Ana Paula Dalbosco
foi empossada Desembargadora do Tribunal de Justiça gaúcho assumindo a
vaga destinada à advocacia, integrante o Quinto Constitucional do TJRS.
Ela atuará na 23º Câmara Cível do TJRS.
A cerimônia de posse foi conduzida pelo Presidente do TJRS, Desembargador José Aquino Flôres de Camargo, que abriu a solenidade dando boas vindas aos presentes. O Desembargador Marcelo Bandeira Pereira conduziu a nova colega ao Plenário.
Oriunda da advocacia, ocupando vaga do Quinto Constitucional, Ana Paula Dalbosco foi brindada com o pronunciamento do Vice-Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Cláudio Pacheco Prates Lamachia. Ele saudou a nova Desembargadora, salientando e a importância do art. 94 da Constituição Federal: o
constituinte, sensível à realidade, quis colocar nos Tribunais a
experiência aurida pelos Advogados e membros do Ministério Público. Por
esse mandamento, são transformados em magistrados, profissionais do MP e
da Advocacia, com mais de 10 anos de efetivo exercício da profissão, de
notório saber jurídico, reputação ilibada e indiscutível competência.
Nova Desembargadora recebe as boas-vindas
do Presidente do TJRS, Desembargador Aquino
Referindo-se especificamente à empossada, afirmou que contribuirá com consagrada competência, dedicação, notável saber jurídico, assiduidade e conhecida capacidade de diálogo.
Saudando a nova colega, o Desembargador
Newton Luís Medeiros Fabrício destacou o momento especial para o
Tribunal de Justiça. Em sua palavras,
abordou a importância da mulher na história da humanidade citando a
célebre data do dia 8 de março de 1917, quando mulheres russas saíram
das fábricas para as ruas exigindo melhores condições de trabalho e
igualdade. Referiu que o mês de março na mitologia grega corresponde a
Ares, o Deus da Guerra, lembrando, assim, que não só se comemorava a
posse da Desembargadora como também da semana do seu aniversário. “Todos
esses fatos, cem conjunto, podem ser sintetizados desse modo: em março,
assume como Desembargadora uma mulher que sempre acreditou no Direito,
que sempre lutou, com a espada e a com a balança, pela Justiça”, felicitando a nova magistrada.
Em seu discurso,
a mais nova integrante da Corte Gaúcha, agradeceu ao Conselho da Ordem
dos Advogados do Rio Grande do Sul (OAB) pela inclusão – por duas vezes -
de seu nome, na lista sêxtupla.
Fez uma comparação com o ícone da OAB, cuja letra “A” representa um triângulo:
O agradecimento não é apenas meu, mas das mulheres do Rio Grande do
Sul. Explico: Das 14 vagas destinadas ao quinto constitucional da OAB,
11 estão sendo ocupadas por brilhantes colegas homens e apenas duas por
duas mulheres. A Excelentíssima Desembargadora Naele Ochoa Piazzeta,
nomeada ainda em 2001 e a Excelentíssima Desembargadora, Lizette Andreis
Sebben, nomeada em 2013. Com a minha nomeação para a 14ª vaga -
justamente na semana incidia a comemoração do Dia Internacional da
Mulher - completou-se a emblemática figura geométrica de um triângulo
formado por desembargadoras oriundas do quinto da OAB”. Em seguida, agradeceu seus familiares pela filial e fraterna gratidão pelo carinho e o estímulo de sempre.
No discurso, fez uma homenagem ao seu
antigo colega de escritório no qual trabalhou por 20 anos, o advogado e
ex-Desembargador, Jauro Duarte Von Gehlen, que por igual vestiu a toga desta Corte e quem me inculcou esse profundo amor pelo Direito e a admiração pela Justiça.
Fez um alerta sobre a nova moral de democracia frisando: Pode
ser chamada de ‘democracia de opinião’, a dimensão convencional da
verdade judicial torna-se irrelevante: a mídia propõe, como se fosse um
produto de consumo, uma verdade imediata que se apresenta aos olhos das
pessoas em geral como superior à própria verdade judicial. É uma
democracia reativa, perigosamente instintiva, que fala mais do que pensa
e que se agita mais do que age.
E finalizou chamando a atenção sobre o Judiciário: ...é
necessário que o Judiciário autolimite o exacerbado protagonismo que a
sociedade lhe deferiu, como uma espécie de ‘oferta da coroa’ para um
novo rei: é um equívoco pensar-se que o ‘controle judicial’ pode ser
eleito como substituto de falência política. Cabe ao Judiciário como
instituição, com diz Paul Ricoeur, ‘prosseguir de forma intrépida na
descida aos infernos da nossa democracia desconcertada’, para nela se
colocar como a instância moral efetiva, como a última moral comum.
Presenças
A solenidade contou com a presença do
Procurador-Geral do Estado, adjunto, Paulo Basso (representando o
Governador do Estado, Tarso Genro); o Subprocurador-Geral de Justiça do
RS, Ivory Coelho Neto; o Defensor Púbico Geral do Estado, Nilton Leonel
Arnecke Maria; o Vice-Presidente da OAB Nacional, Cláudio Pacheco Prates
Lamachia; o Presidente da OAB/RS, Marcelo Bertoluci; os Deputados
Estaduais Daniel Bordignon e Luiz Fernando Mainardi; a Procuradora-Geral
do Município substituta, Cristiane Nery, representando o Prefeito de
Porto Alegre, José Fortunati.
Disponível em: (http://www.tjrs.jus.br/site/imprensa/noticias/?idNoticia=235680). Publicação em 24/03/2014, 17:01. Acesso em: 25/mar/2014.
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