23/06/2013 13h27 - Atualizado em 23/06/2013 13h27
Edward Snowden deixou Hong Kong neste domingo, segundo o WikiLeaks.
Embaixador do Equador na Rússia vai a aeroporto para falar com ex-CIA
Edward Snowden deixou Hong Kong neste domingo, segundo o WikiLeaks.
Equador é apontado como um dos possíveis destinos finais do agente.

O embaixador do Equador na Rússia, Patricio Alberto Chavez Zavala, foi neste domingo (23) ao aeroporto de Cheremetievo, em Moscou na Rússia, para tentar conversar com o ex-agente da CIA Edward Snowden, que chegou ao país após sair de Hong Kong, segundo a agência Reuters.
O embaixador não informou aos jornalistas no local sobre os assuntos que seriam tratados entre os dois. Ele também se encontrará com Sarah Harrison, representante do grupo WikiLeaks, que ajudou Snowden a viajar. O Equador é apontado como um dos possíveis destinos finais de Snowden.
A ida a Moscou ocorreu um dia após os Estados Unidos solicitarem formalmente sua extradição. Ele foi acusado de vazar informações da inteligência americana sobre programas de vigilância do governo. O governo de Hong Kong informou que Snowden deixou o território de maneira voluntária.
Uma fonte da companhia aérea Aeroflot, que operou o voo até Moscou, confirmou à imprensa russa que o nome de Snowden estava na lista de passageiros do voo e nesta segunda (24), ele irá partir no voo SU150 para Havana. No mesmo dia, ele seguirá em um voo local para Caracas, na Venezuela, segundo a fonte.
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Outras fontes apontaram, além do Equador, a Islândia como possíveis destinos finais do técnico.
Em sua conta no Twitter, o WikiLeaks, portal fundado pelo australiano Julian Assange informou que "ajudou no asilo político" do ex-técnico da CIA, "facilitando documentos de viagem e uma saída segura de Hong Kong rumo a um país democrático". Assessores legais do portal acompanharam Snowden na viagem.
Em seu comunicado, a organização de Assange, que se refugiou na Embaixada do Equador em Londres, cita o ex-juiz Baltasar Garzón, que declarou que esta interessado "em preservar os direitos de Snowden", assim como protegê-lo como "pessoa".
"O que tem acontecido com Snowden e Assange é uma agressão contra o povo", ressaltou.
"Snowden deixou voluntariamente Hong Kong hoje em direção a um terceiro país de forma legal", indicou em um comunicado o porta-voz do governo, sem confirmar seu destino.
A agência de notícias estatal RIA citou uma fonte não identificada dizendo que autoridades russas não tinham "nenhuma reclamação" contra Snowden e que não houve ordens para detê-lo.
A agência de notícias Interfax informou que aparentemente Snowden não teria um visto que os cidadãos americanos precisam para entrar na Rússia, e que ele não poderia sair da área de trânsito do aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou.
Hong Kong
O governo de Hong Kong, que confirmou a saída, declarou não ter "bases legais" para evitar a partida do ex-consultor de 30 anos, justificando que o governo dos Estados Unidos, que o acusa de espionagem, roubo e uso indevido de propriedade do governo, não entregou até a sexta informações suficientes para justificar a sua detenção e eventual extradição.
"Snowden deixou voluntariamente Hong Kong hoje em direção a um terceiro país de forma legal", indicou em um comunicado o porta-voz do governo, sem confirmar seu destino.
O comunicado acrescenta que os Estados Unidos foi informado desta partida.
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