Pagot, o homem-bomba, vai falar na “CPI do B”
Foto: Folhapress_Divulgação
Ele será convidado a comparecer ao Congresso pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), depois que a CPI, ao rejeitar sua convocação, iniciou seu processo de desmoralização; Pagot diz que ajudou a arrecadar recursos para o PT e o PSDB
Em entrevistas recentes, Pagot já declarou que o Dnit foi usado como instrumento de arrecadação de recursos de campanha tanto pelo PT como pelo PSDB, nas campanhas presidenciais de Dilma Rousseff e José Serra. E ainda que este não seja o foco da CPI, instalada para investigar o caso do bicheiro Carlos Cachoeira, a comissão deveria chamá-lo por uma razão simples. Nos grampos da Operação Monte Carlo, Carlos Cachoeira e Cláudio Abreu, da Delta, plantam reportagens contra Pagot e, depois, comemoram sua demissão. “A CPI tinha a obrigação de ouvi-lo”, disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Pagot será ouvido, mas não na CPI. Como os membros da comissão demonstraram receio da sua convocação, ele prestará depoimento numa reunião aberta, que está sendo organizada pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) e pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ). Este denunciou na comissão a existência de uma “tropa de cheque” organizada para defender a Delta e o empresário Fernando Cavendish. A mobilização de Miro e Simon já vem sendo chamada, no Congresso, de “CPI do B”.
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