Postagem 15/out/2016...
MAIS ESCÂNDALOS: Empresa representada por Ministro da Justiça tem conta em paraíso fiscal
Já dissemos aqui que há quem não acredite em coincidências. Outros
acham que elas ocorrem. Talvez também acreditem em Papai Noel. Mas,
realmente, pode ser mera coincidência, até porque, com documentos nas
mãos, o ministro Luiz Fux tratou de arquivar (engavetar?) o pedido de
investigação que a Polícia Federal apresentou.
Por isso, o mais provável é que não passe de mera coincidência o fato
de que uma das empresas do Grupo JHSF, envolvido no pagamento de R$ 4
milhões ao escritório de advocacia do atual ministro da Justiça,
Alexandre de Moraes, tinha como sócia uma empresa localizada nas Ilhas
Virgens Britânicas, um paraíso fiscal.
Mais ainda. O Grupo JHSF foi o responsável pela construção e
exploração do Shopping Metrô Tucuruvi, junto à estação do bairro com o
mesmo nome em São Paulo. A inauguração estava prevista para 2009, mas
houve problemas com o alvará da prefeitura. Além do shopping, a JHSF
ficou responsável pela construção de um terminal urbano para atender as
23 linhas de ônibus da região e por reformas no sistema viário dos
arredores para diminuir os impactos no trânsito. A obra só foi começar
em maio de 2010.
No mês seguinte, Moraes caiu dos cargos que ocupava na prefeitura,
devido a diversos atritos, inclusive a ideia de proibir estacionamento
nas ruas do centro da cidade. Deixou as secretarias municipais que
comandava e retornou ao escritório de advocacia. Não passou por nenhum
período de quarentena. Logo assumiu a defesa dos interesses do Grupo
JHSF. Como lembrou a Folha de S. Paulo na reportagem Alexandre de Moraes
recebeu R$ 4 mi de empresa alvo da Acrônimo, publicada sexta-feira
(07/10):
“No último dia 16 de agosto, a PF encontrou sobre a mesa de um dos
principais executivos da JHSF, empresa do setor imobiliário, uma
planilha impressa com o nome ‘Alexandre Moraes’, além de valores e duas
siglas, PT e PSDB.
Os valores a Moraes estavam associados à palavra Parkbem, antigo nome de uma empresa de estacionamentos do grupo JHSF”.
Os pagamentos ocorreram entre 2010 e 2014. Porém, deve ser novamente
mera coincidência o fato de Alexandre de Moraes ter sido, entre agosto
de 2007 e junho de 2010, na gestão do prefeito Gilberto Kassab,
Secretário Municipal de Transportes de São Paulo. Acumulou ainda as
presidências da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e SPTrans (São
Paulo Transportes – Companhia de Transportes Públicos da Capital). Se
não bastasse, foi também, titular da Secretaria Municipal de Serviços de
São Paulo (esta última entre fevereiro 2009 a junho de 2010);
Segundo a reportagem da Folha de S. Paulo, “indagada pela PF (…) a
assessoria jurídica da JHSF encaminhou “documentos originais das notas
de honorários advocatícios emitidas pelo escritório” Alexandre de Moraes
Sociedade de Advogados, nos anos de 2010, 2011 e 2014?.
Original disponível em: (http://clickpolitica.com.br/brasil/mais-escandalos-empresa-representada-por-ministro-da-justica-tem-conta-em-paraiso-fiscal/). Acesso em 15/out/2016.
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