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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Cuba rechaça golpe no Brasil e se solidariza com povo brasileiro (Renato Rabelo)

Postagem 01/set/2016...


Cuba rechaça golpe no Brasil e se solidariza com povo brasileiro


Logo depois que o golpe de Estado foi consolidado contra Dilma Rousseff, o governo de Cuba emitiu uma nota em rechaço à deposição da presidenta e em solidariedade ao povo brasileiro e à esquerda. 
Presidência da República
O governo de Cuba enviou solidariedade à presidenta legítima Dilma Rousseff
No documento, a ilha comunista destaca os avanços sociais obtidos durante os governos de Lula e Dilma. Além de enfatizar a postura internacionalista do Brasil que se impôs no mundo com um país voltado ao diálogo e à conciliação. 
Leia a nota na íntegra:
O governo revolucionário da República de Cuba rechaça energicamente o golpe de Estado parlamentar-judicial que foi consumado contra a presidenta Dilma Rousseff. 
A separação do governo da presidenta, sem que se apresentasse nenhuma evidência de crimes de corrupção, nem crimes de responsabilidade, e com ela o PT e outras forças de esquerda aliadas, constitui um ato de desacato à vontade soberana do povo que a elegeu. 
Durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, foi impulsionado um modelo econômico-social que permitiu ao Brasil dar um salto em seu crescimento produtivo com inclusão social, a defesa de seus recursos naturais, a geração de emprego, o combate à pobreza, a retirada da miséria de mais de 35 milhões de brasileiros que viviam em condições desumanas e a elevação de poder econômico de outros 40 milhões, a ampliação das oportunidades na educação e a saúde do povo, incluindo setores até então marginalizados. 
Neste período, o Brasil tem sido um ativo impulsor da integração latino-americana e caribenha. A derrota do Acordo de Livre Comércio para as Américas (Alca), a convocatória da Cúpula da América Latina e Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (Calc) que levou à posterior criação da Celac, e a constituição da Unasul, são acontecimentos transcendentais na história mais recente da região que demonstram o protagonismo deste país. 
Além disso, sua projeção às nações do Terceiro Mundo, em especial da África; sua ativa participação no Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e seu desempenho no marco da Organização das Nações Unidos, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial do Comércio, entre outras, constituem um reconhecimento às sua liderança internacional. 
Merece elogio também o trabalho brasileiro sob os governos do PT em temas cruciais da situação internacional em defesa da paz, do desenvolvimento, o meio ambiente e programas contra a fome.

São amplamente conhecidos os esforços de Lula e Dilma para reformar o sistema político e ordenar o financiamento de partidos e suas campanhas, assim como o apoio às investigações contra a corrupção que foram abertas e a independência das instituições encarregadas delas. 

As forças que agora exercem o poder anunciaram medidas privatizadoras sobre as reservas petrolíferas em águas profundas e cortes aos programas sociais. Igualmente, começam uma política exterior que privilegia as relações com os grandes centros de poder internacionais. Poucos dos que julgaram a presidenta não estão sob investigação por atos de corrupção. 
O ocorrido no Brasil é outra expressão da ofensiva do imperialismo e a oligarquia contra os governos revolucionários e progressistas de América Latina e Caribe que ameaça a paz e a estabilidade das nações, contrariando o espírito e a letra da proclamação da América Latina e o Caribe como Zona de Paz, firmadas na 2ª Cúpula da Celac em janeiro de 2014, em Havana, pelos chefes de Estado e governo da região. 
Cuba ratifica sua solidariedade com a presidenta Dilma e com o companheiro Lula, com o Partido dos Trabalhadores, e expressa sua confiança de que o povo brasileiro defenderá as conquistas sociais alcançadas, e será oposição determinada às políticas neoliberais que tentam impor e à exploração dos recursos naturais. 
Havana, 31 de agosto de 2016
Do Portal Vermelho
Tradução: Mariana Serafini

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