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domingo, 5 de junho de 2016

Não há dúvidas de que complô contra Dilma envolveu políticos e Supremo (André Barrocal, Carta Capital)

Postagem 05/jun/2016..

Não há dúvidas de que complô contra Dilma envolveu políticos e Supremo

O desconforto político do presidente interino tende a crescer enquanto Janot tem as cartas na mão
por André Barrocal — publicado 02/06/2016 03h49

Romero Jucá e Sérgio Machado são velhos amigos. Senadores pelo PSDB no governo Fernando Henrique, aderiram via PMDB à gestão Lula e hoje estão enrolados na Operação Lava Jato. Foi em nome dos bons tempos que Jucá abriu a porta de casa quando Machado chegou de surpresa logo cedo em meados de março.
Conversaram longamente sobre a situação política e econômica do País. E também a policial. Especialmente a policial. Com a Lava Jato no encalço de Machado, Jucá comentou estar na política a salvação do amigo e dos figurões em geral.
Um acordão nacional de contenção dos estragos, com a necessária bênção do Supremo Tribunal Federal (STF). “Delimitava onde está, pronto”, disse. Segundo ele, havia, porém, um obstáculo ao pacto, Dilma Rousseff, então na Presidência da República.
Uma visão compartilhada, salientou, por ministros do STF com os quais falara na véspera. “Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca.” Conclusão de Jucá: “Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria”.
A conversa não deixa dúvidas, razão para Jucá, um dos generais do governo provisório de Michel Temer, ter perdido o emprego de ministro do Planejamento após meros 13 dias no cargo. O impeachment moveu-se por uma conspiração contra o combate à alta corrupção personificado na Lava Jato, e não somente pelos erros políticos e econômicos de Dilma e pela fúria da oposição contra o PT.
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