16/mar/2014...
Crimeia decide se anexar à Rússia enquanto EUA e UE condenam o referendo Segundo pesquisas de boca de urna, 93% dos habitantes da Crimeia decidiram se tornar parte da Rússia
France Presse
Publicação: 16/03/2014 15:31 Atualização: 16/03/2014 16:14
Crimeia decide se anexar à Rússia enquanto EUA e UE condenam o referendo Segundo pesquisas de boca de urna, 93% dos habitantes da Crimeia decidiram se tornar parte da Rússia
France Presse
Publicação: 16/03/2014 15:31 Atualização: 16/03/2014 16:14
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Manifestantes pró-Rússia na Ucrânia |
Simferopol -
A Crimeia votou neste domingo (16/3) por uma esmagadora maioria a favor
da reunificação desta península ucraniana à Rússia, em um referendo
denunciado por Kiev e pelo Ocidente.
"Noventa e três por cento dos habitantes da Crimeia votaram neste domingo a favor de se integrar à Rússia, e 7% se pronunciaram a favor do status autônomo da Crimeia dentro da Ucrânia", de acordo com uma pesquisa de boca de urna divulgada pelas autoridades separatistas da Crimeia.
O primeiro-ministro da Crimeia, Sergei Aksyonov, saudou imediatamente esta decisão histórica.
"Obrigado a todos os que participaram do referendo e expressaram sua opção. Agora tomamos uma decisão muito importante que entrará para a história", declarou Aksyonov em sua conta no Twitter.
Já a Casa Branca rejeitou os resultados do referendo e criticou as ações perigosas e desestabilizadoras de Moscou nesta crise.
"Este referendo é contrário à Constituição da Ucrânia, e a comunidade internacional não reconhecerá os resultados desta votação realizada sob ameaças de violência e intimidação por parte da intervenção militar russa que viola as leis internacionais", declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
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"Noventa e três por cento dos habitantes da Crimeia votaram neste domingo a favor de se integrar à Rússia, e 7% se pronunciaram a favor do status autônomo da Crimeia dentro da Ucrânia", de acordo com uma pesquisa de boca de urna divulgada pelas autoridades separatistas da Crimeia.
O primeiro-ministro da Crimeia, Sergei Aksyonov, saudou imediatamente esta decisão histórica.
"Obrigado a todos os que participaram do referendo e expressaram sua opção. Agora tomamos uma decisão muito importante que entrará para a história", declarou Aksyonov em sua conta no Twitter.
Já a Casa Branca rejeitou os resultados do referendo e criticou as ações perigosas e desestabilizadoras de Moscou nesta crise.
"Este referendo é contrário à Constituição da Ucrânia, e a comunidade internacional não reconhecerá os resultados desta votação realizada sob ameaças de violência e intimidação por parte da intervenção militar russa que viola as leis internacionais", declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
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"Os Estados Unidos têm apoiado firmemente a
independência, a soberania e a integridade territorial da Ucrânia desde
que ela declarou a sua independência, em 1991, e rejeitamos o
'referendo' realizado hoje (domingo) na região ucraniana da Crimeia",
disse Carney.
Carney ressaltou que a Rússia desdenhou dos apelos da Ucrânia e da comunidade internacional, aumentando sua intervenção militar na Crimeia e iniciando exercícios militares na fronteira oriental da Ucrânia.
"As ações da Rússia são perigosas e desestabilizadoras", disse o porta-voz da Casa Branca.
Horas antes da divulgação dos primeiros resultados, a União Europeia condenou oficialmente o referendo, classificando-o de "ilegal e ilegítimo", e anunciou que serão decididas sanções na segunda-feira.
A Crimeia foi historicamente parte da Rússia até que a União Soviética a cedeu à Ucrânia, em 1954, por decisão de Nikita Khrushchev. No entanto, Moscou manteve no porto de Sebastopol a base de sua frota no Mar Negro.
A população da região é, em sua maioria, de língua russa, e favorável à incorporação à Rússia. Já as minorias ucraniana e tártara, que representam 37% da população, haviam pedido o boicote do referendo.
Os eleitores deveriam optar entre "a reunificação com a Rússia como membro da Federação Russa" ou o retorno a um status de 1992, que nunca foi aplicado e que concede uma maior autonomia à região.
A opção de manter o status atual dentro da Ucrânia não fazia parte das opções.
Carney ressaltou que a Rússia desdenhou dos apelos da Ucrânia e da comunidade internacional, aumentando sua intervenção militar na Crimeia e iniciando exercícios militares na fronteira oriental da Ucrânia.
"As ações da Rússia são perigosas e desestabilizadoras", disse o porta-voz da Casa Branca.
Horas antes da divulgação dos primeiros resultados, a União Europeia condenou oficialmente o referendo, classificando-o de "ilegal e ilegítimo", e anunciou que serão decididas sanções na segunda-feira.
A Crimeia foi historicamente parte da Rússia até que a União Soviética a cedeu à Ucrânia, em 1954, por decisão de Nikita Khrushchev. No entanto, Moscou manteve no porto de Sebastopol a base de sua frota no Mar Negro.
A população da região é, em sua maioria, de língua russa, e favorável à incorporação à Rússia. Já as minorias ucraniana e tártara, que representam 37% da população, haviam pedido o boicote do referendo.
Os eleitores deveriam optar entre "a reunificação com a Rússia como membro da Federação Russa" ou o retorno a um status de 1992, que nunca foi aplicado e que concede uma maior autonomia à região.
A opção de manter o status atual dentro da Ucrânia não fazia parte das opções.
Disponível em: (http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2014/03/16/interna_mundo,417719/crimeia-decide-se-anexar-a-russia-enquanto-eua-e-ue-condenam-o-referendo.shtml?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter). Acesso em: 16/mar/2014.
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