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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Você é feliz? (João Satt Filho)

Postado em 05 de Outubro de 2013

Você é feliz?

Tenho pensado muito nesta pergunta, que na verdade tem um ponto crucial: a felicidade existe? Agora, já são duas perguntas, aí surge a terceira e, naturalmente, a mais difícil de responder: O que é a felicidade?

Autor:
 
João Satt Filho
 
Um convite para falar sobre ‘felicidade’ me provocou esses questionamentos. Gelei! Afinal, a velha formula de apresentar filmes publicitários não seria suficiente.. Meu desafio era compreender de que forma as marcas participavam, ou não, efetivamente da vida das pessoas. Foi uma experiência gratificante e diferente pensar a partir das pessoas, dos seus vazios emocionais - a causa de boa parte das euforias consumistas. 
Refletir por que a necessidade de beber água acaba gerando o desejo de tomar um refrigerante gelado. As palestras sempre geram mais ganhos para o palestrante, do que para a plateia. Cresci escutando meu pai dizer "Quem ensina, aprende duas vezes". 
Sabia que não poderia inundar minha apresentação de teorias, gráficos, setas. Era necessário ir mais fundo, porque a vida de todos é feita de verdades. Queiramos, ou não, os impactos das circunstâncias, do contexto no qual estamos inseridos, em nenhum momento deixam de ser capturados pelo nosso radar. O inconsciente está gravando tudo, todo o tempo e, muitas das nossas respostas, vêm dele. Buscamos o melhor, sempre! 
O 31 de dezembro é a maior expressão de busca coletiva de esperança do planeta. Ou você já viu alguém pedir que não aconteça nada de melhor no ano que vais nascer? Felicidade é a soma de momentos felizes, e momentos felizes são aqueles em que nos sentimos vivos, amados, compreendidos, abençoados e acarinhados pelo bem.
Comprar um carrão não deixa ninguém feliz, assim como comprar uma super cozinha. Quem disse que as pessoas estão comprando o que é produzido nas fábricas? Elas compram esperança de serem vistas num carrão, de terem mais carinho e boas conversas dentro de uma cozinha, a qual por sinal, segundo pesquisas, é o mais importante espaço da casa. As pessoas compram esperança. O Felix, da novela das nove, arquiteta mil planos, porque quer ser amado e reconhecido pelo pai. Desconsidere o personagem caricato, e seja sincero: você quer algo diferente do que ser reconhecido e desejado? No final do dia o que vale são os afetos que damos e recebemos, ter relações calorosas, que nos protegem da solidão e nos tornam mais tranquilos.
Está na hora da propaganda construir mais significados para as marcas, transformando-as em instrumentos, palcos para que as pessoas - não os consumidores - possam fazer acontecer seus desejos, sonhos e uma menor solidão.

A primeira coisa que ficou clara para mim, era que para falar sobre a Felicidade precisava compreender que uma vida sem significados é como deserto árido. Não respira, não se emociona, não constrói afetos.. As relações mais do que ocupar o tempo, são o verdadeiro alimento da alma e do coração. 
(http://www.competence.com.br/artigos/voce-e-feliz/76).

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