16 de agosto de 2013 | 16h 12
(http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,advogados-cobram-postura-do-presidente-do-supremo,1064738,0.htm).
Advogados cobram 'postura' do presidente do Supremo
Instituto de Defesa do Direito de Defesa diz que conduta de Barbosa em sessão do STF 'revela desprezo a argumentos diversos e à necessária contraposição de ideias em regime democrático'
Fausto Macedo - O Estado de S. Paulo
O Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), entidade da advocacia, repudiou nesta sexta feira, 16, “a postura do presidente do Supremo Tribunal Federal”, ministro Joaquim Barbosa, na retomada do julgamento do mensalão.
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Em nota pública, o IDDD sustenta que a "conduta do ministro (Joaquim Barbosa), na última sessão plenária do STF (quinta feira, 15), revela seu desprezo a argumentos diversos e à necessária contraposição de ideias em regime democrático".
Barbosa se envolveu em um entrevero com o ministro Ricardo Lewandowski. A sessão foi encerrada.
Para o IDDD, a atitude de Barbosa, "de franco desprezo e ofensas aos que opinam de modo diverso”, deveria ser repelida em público pelos demais ministros.
Leia a íntegra da nota, subscrita pelo diretor presidente do Instituto, advogado Augusto de Arruda Botelho.
"Nenhum debate sob a égide do regime democrático pode desmerecer argumentos nascidos no debate, ou seja, do choque de ideias. Posições sobre um caso criminal devem nascer depois que aquele que se posiciona, supera, a contento, os argumentos dos que pensam de modo diverso.
Os episódios, mais uma vez protagonizados pelo Presidente do Judiciário - que parece ter sérios problemas com a magistratura brasileira - revelam e transportam os que assistem aos julgamentos às arenas militares, único lugar em que os dirigidos devem se calar diante do líder.
Tal postura, de franco desprezo e ofensas aos que opinam de modo diverso, mesmo sendo iguais em função, deve ser imediatamente repelida, em público, pelos demais Ministros. A maioria serve para isso.
Caso contrário, reviveremos um tempo de métodos que não queremos mais."
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