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sábado, 17 de setembro de 2011

Primavera Árabe inspira Dia da Democracia (Helen Clark)


Nova York, 15/09/2011
Primavera Árabe inspira Dia da Democracia
Helen Clark, Administradora do PNUD, fala do significado da democracia no contexto da recente mobilização social no Mundo Árabe
Primavera Árabe no Egito. Foto: PNUD/Divulgação.
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O mundo celebra hoje, 15 de setembro, o Dia Internacional da Democracia. A série de episódios recentes ocorridos no Norte da Africa e no Oriente Médio - conhecida como Primavera Árabe - é vista por muitos especialistas como exemplo concreto de como o sentimento e o desejo de democracia podem emanar dos povos e provocar transformações importantes na vida de cada cidadão.

Confira abaixo a mensagem da Administradora do PNUD, Helen Clark, em comemoração a esta data:

"Hoje, no Dia Internacional da Democracia, devemos refletir sobre os desejos de liberdade, dignidade e inclusão que vêm das milhões de pessoas no mundo árabe que pedem por mudança.

Muitas vidas foram e ainda são perdidas em função dos regimes e seus opositores, que continuam a se enfrentar.

Tunísia, Egito e agora a Líbia estão entrando em uma nova era, e enfrentam o desafio de construir sociedades, sistemas de governança e economias mais inclusivas.

Esse processo passa pelo fortalecimento dos Poderes Legislativo e Judiciário, pela promoção da transparência e prestação de contas em todos os níveis do governo, pela contrução de novas instituições e pela a revisão dos sistemas políticos e econômicos como um todo.

As transformações que decorrem da transição de um sistema autoritário para um outro mais participativo levam tempo, e essa é uma estrada marcada por solavancos. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) pode compartilhar sua experiência nessa área, por ter participado desse processo de transição em muitos países.

No dia 23 de outubro, pela primeira vez, o povo da Tunísia vai eleger seus representantes para a Assembleia Nacional Constituinte. Devido às conquistas históricas dos tunisianos na luta pela igualdade de gênero, há um esforço em aumentar o número de mulheres candidatas nas listas dos partidos, aumentando assim a representação feminina no parlamento.

Mulheres tunisianas de todas as idades, vindas de contextos sociais distintos, desempenharam um papel crucial na luta pela democracia e pela liberdade. A imagem das juízas, vestidas com suas togas pretas, marchando pelas ruas da capital em janeiro deste ano deve ficar como uma das mais marcantes da Primavera Árabe.

O PNUD está capacitando as candidatas que vão concorrer pela primeira vez nas eleições de outubro. Elas recebem informações e treinamento sobre como realizar campanhas, envolver a sociedade civil e fazer uso tanto da mídia tradicional como dos novos canais de comunicação. Também estamos promovendo o diálogo entre tunisianos sobre imagem e percepção pública da participação feminina na esfera política de país.

No Egito, o PNUD está pronto para apoiar o processo eleitoral e assegurar as reformas no país. Na Líbia, a equipe da ONU está enfrentando os desafios humanitários e em prontidão para ajudar na transição.

As Nações Unidas não medem esforços para desenvolver e reforçar as práticas e instituições democráticas ao redor do mundo.

O PNUD, sozinho, dedicou mais de US$ 1,6 bilhão à construção e ao fortalecimento da governança democrática no mundo. Atualmente, apoiamos um em cada três parlamentos nos países em desenvolvimento e estamos envolvidos, em média, em uma eleição a cada duas semanas.

A democracia não pode ser exportada ou imposta; deve emanar da vontade do povo. O nosso papel deve ser o de apoiar as nações no caminho que elas mesmas decidiram trilhar, para que assim possam concretizar suas aspirações por igualdade, inclusão e empoderamento."

Helen Clark, 15 de setembro de 2011

Disponível no Portal PNUD: (http://www.pnud.org.br/administracao/reportagens/index.php?id01=3815&lay=apu). Acesso em: 17/set/2011.

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