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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ministro do STF diz que corregedora 'não merece excomunhão'


28/09/2011 - 19h02

Ministro do STF diz que corregedora 'não merece excomunhão'

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DE SÃO PAULO
O ministro Marco Aurélio Mello, relator da ação do STF (Supremo Tribunal Federal) que analisará a competência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de julgar e punir juízes, defendeu nesta quarta-feira (28) a corregedora-geral de Justiça, Eliana Calmon.
A expectativa era de que a ação, proposta pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), fosse discutida na sessão plenária da Corte desta quarta-feira, mas não entrou na pauta de julgamentos.
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Segundo Marco Aurélio, a declaração em que a ministra diz que a Justiça esconde "bandidos de toga" não merece grande repreensão.
"A nossa corregedora cometeu um pecadilho, mas também não merece a excomunhão maior. Ela tem uma bagagem de bons serviços prestados à sociedade brasileira. É uma juíza de carreira, respeitada. Uma crítica exacerbada ao que ela versou a rigor fragiliza o próprio Judiciário e o próprio conselho", disse o ministro durante intervalo da sessão plenária desta tarde.
Em recente entrevista, Calmon fez duros ataques a seus pares ao criticar a iniciativa de tentar reduzir o poder de investigação do CNJ.
"Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga", declarou em entrevista à APJ (Associação Paulista de Jornais).
A declaração causou reação no CNJ, que divulgou nota ontem classificando as declarações de Calmon de "levianas". A nota foi lida pelo presidente do Supremo, ministro Cezar Peluso, durante sessão do CNJ.

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