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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Obama enfrenta uma derrota e uma vitória no Congresso  - Internacional - Notícia - VEJA.com

Obama enfrenta uma derrota e uma vitória no Congresso - Internacional - Notícia - VEJA.com

Obama enfrenta uma derrota e uma vitória no Congresso
Após negar aprovação formal à participação americana na operação contra a Líbia, deputados rejeitaram moção para reduzir orçamento da ação

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enfrentou uma vitória e uma derrota no Congresso nesta sexta-feira. Pela manhã, a Câmara dos Representantes negou uma autorização formal ao presidente para envolver o país na intervenção militar na Líbia. No entanto, mais tarde, a mesma Casa rejeitou uma medida que reduziria significativamente o orçamento da operação.

As duas decisões são mais um episódio da queda de braço entre o presidente e os deputados com relação à participação americana no conflito líbio. Muitos legisladores, incluindo alguns democratas, estão furiosos porque Obama não solicitou o aval do Congresso antes de ordenar, em março, os ataques contra o regime de Muamar Kadafi. As divergências ocorrem dias depois de Obama anunciar a retirada de 33.000 soldados do Afeganistão, também provocando críticas de congressistas. Essa medida, contudo, agrada a população, um ano antes das eleições presidenciais, em que Obama será candidato.

Derrota - A medida que autorizava a participação militar dos Estados Unidos na Líbia foi rejeitada por 295 deputados e obteve 123 votos favoráveis. A determinação da Câmara dos Representantes foi entendida por analistas como uma medida simbólica, que serve apenas para expressar a insatisfação da Casa com a postura de Obama no conflito.

Após a divulgação do resultado da sessão, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, declarou: "Estamos decepcionados com esta votação, creio que não é o momento de enviar uma mensagem tão confusa".
De fato, a mesma Casa transmitiu um recado bastante contraditório logo em seguida. Os deputados rejeitaram, com 238 votos contra e apenas 180 a favor, uma medida que eliminaria a maior parte dos fundos destinos à operação militar na Líbia, incluindo os ataques com aviões não tripulados. A resolução proibiria o uso de fundos para quase todas as ações militares, salvo para missões de apoio à Otan, como tarefas de abastecimento, vigilância aérea e reconhecimento, planejamento e resgate.

Histórico - As divergências surgiram quando Obama, em viagem ao Brasil, autorizou a participação americana em uma missão na Líbia sem consultar o Congresso. No último dia 15, a tensão se agravou quando os parlamentares entraram com uma ação contra o presidente em um tribunal federal de Washington. Eles acusavam Obama de iniciar operações militares ilegais na Líbia. A atitude representaria uma violação da Constituição americana.

Não é surpreendente que os parlamentares estejam enfurecidos com o envolvimento americano na Líbia. Os Estados Unidos já gastaram mais de 715 milhões de dólares nas operações militares e humanitárias no país desde o início do conflito e enfrentam atualmente problemas consideráveis para retirar suas tropas de outra guerra, a do Afeganistão.
(Com agências France-Presse e EFE)

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