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Agora pacote será sancionado pelo Presidente.
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Congresso norte-americano aprova pacote de resgate ao setor financeiro
Resultado da votação foi de 263 votos a favor e 171 contra a medida, que agora deve receber a sanção do presidente Bush
InfoMoney
03 outubro 2008
SÃO PAULO - A Casa dos Representantes dos EUA endossou a decisão do Senado e aprovou nesta sexta feira (3) o reformulado pacote de socorro de US$ 700 bilhões às instituições financeiras de Wall Street, faltando agora apenas a sanção do presidente George W. Bush para que a medida entre em vigor.
O resultado da votação apontou 263 votos a favor e 171 contra a medida, superando os 218 mínimos necessários à aprovação.
Do lado do partido Democrata, de oposição ao governo, foram 172 votos favoráveis e 63 contra, enquanto o partido Republicano foi, em sua maioria, novamente contrário ao plano, com apenas 91 votos a favor e 108 contra.
Na última segunda-feira, quando o TARP (Trouble Asset Relief Program) - nome oficial do pacote - foi rejeitado, os democratas contribuíram com 141 votos favoráveis e 94 contrários, enquanto os republicanos deram somente 66 votos a favor da medida e 132 contra.
Em comunicado solto logo após a aprovação, o Fed comemorou a ação do Congresso e o resultado da votação. "Isso demonstra o comprometimento do Governo com o que é necessário para apoiar e fortalecer a nossa economia", afirmou o presidente da instituição, Ben Bernanke.
Mudanças no pacote surtem efeito
O resultado desta sexta-feira acompanhou as expectativas do mercado e dos analistas, que já ressaltavam que as alterações que o pacote sofreu ao longo da semana deveriam atrair votos de membros que se posicionaram contra na votação passada.
De um modo geral, as mudanças implementadas pelos líderes do Senado visam garantir que o contribuinte norte-americano ganhe mais com a adoção da medida, que mantém a intenção central de disponibilizar US$ 700 bilhões para a compra de ativos podres de instituições prejudicadas pela crise.
Entre as principais alterações, está a elevação do limite de depósitos garantidos pelo FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation) de US$ 100 mil para US$ 250 mil, além da extinção do limite de empréstimo do Tesouro dos EUA ao órgão regulador dos bancos de varejo do país.
Também foram incluídos descontos nos impostos para promover o uso de fontes de energia renováveis por empresas, no total de quase US$ 80 bilhões, e a prorrogação e ampliação de outras reduções nos impostos para pessoas físicas e corporações.
Negociação intensa x prolongamento dos problemas
O ciclo que se encerrou nesta sessão foi iniciado pelo secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, no dia 19 de setembro, quando disse que seriam precisos centenas de bilhões de dólares para impedir um prolongamento dos problemas que, até então, incluíam o pedido de concordata do Lehman Brothers, a venda da Merrill Lynch para o Bank of America e ajudas bilionárias à seguradora AIG e às agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac.
O plano anti-crise apresentado pelo governo em sua primeira versão continha apenas três páginas, em que eram solicitados US$ 700 bilhões sem mencionar o compromisso de prestação de contas.
A proposta não foi bem recebida pelo Congresso, que então deu início a um intenso processo de negociação, ao longo do qual ainda quebraram os bancos Washington Mutual e Wachovia, que nesta sexta-feira anunciou a fusão com o Wells Fargo, em uma operação de US$ 15,1 bilhões.
Reação dos mercados
Após a abertura indicar que esta sexta-feira seria de forte alta para os mercados, o movimento vai perdendo força após o anúncio da aprovação do plano.
Enquanto Wall Street reduz de forma significativa seus ganhos, o Ibovespa já opera no campo negativo, com queda de mais de 2%.
Apesar do viés positivo da notícia, indicadores ruins do mercado de trabalho norte-americano pesam sobre o humor dos investidores e realimentam os questionamentos quanto a real força do pacote diante dos impactos da crise.
Notícia elaborada originalmente às 14h41, atualizada às 15h50
(Do Portal MSN: http://dinheiro.br.msn.com/financaspessoais/noticia.aspx?cp-documentid=10887656, acesso 03.10.2008).
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