Acessos

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Brasil transfere embaixada da Líbia para Tunis por falta de segurança...

quarta-feira, 30 de julho de 2014

O que está em jogo na Faixa de Gaza (Marco Aurélio Garcia)

30/jul/2014...

O que está em jogo na Faixa de Gaza



Em artigo exclusivo a Opera Mundi, Marco Aurélio Garcia defende condenação de ofensiva israelense por parte do governo brasileiro

Esta nota estará seguramente desatualizada quando for publicada. Mais de setecentos palestinos – grande parte dos quais mulheres, crianças e anciãos – foram mortos nos bombardeios das Forças Armadas israelenses na Faixa de Gaza desde que, há duas semanas, iniciou-se uma nova etapa deste absurdo conflito que se arrasta há décadas. A invasão do território palestino provocou também mais de 30 mortos entre os soldados de Israel.

Agência Efe

Dezenas de palestinos morreram apenas com os ataques de Israel desta quinta-feira (24/07
)

O governo brasileiro reagiu em dois momentos à crise. Na sua nota de 17 de julho “condena o lançamento de foguetes e morteiros de Gaza contra Israel” e, ao mesmo tempo, deplora “o uso desproporcional da força” por parte de Israel.


Em comunicado de 23 de julho e tendo em vista a intensificação do massacre de civis, o Itamaraty considerou “inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina” e, uma vez mais, condenou o “uso desproporcional da força” na Faixa de Gaza. Na esteira dessa percepção, o Brasil votou a favor da resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU (somente os Estados Unidos estiveram contra) que condena as “graves e sistemáticas violações dos Direitos Humanos e Direitos Fundamentais oriundas das operações militares israelenses contra o território Palestino ocupado” e convocou seu embaixador em Tel Aviv para consultas.


A chancelaria de Israel afirmou que o Brasil “está escolhendo ser parte do problema em vez de integrar a solução” e, ao mesmo tempo, qualificou nosso país como “anão” ou “politicamente irrelevante”.


Leia mais: “Estamos desiludidos com a posição do Brasil”, diz cônsul-geral de Israel em SP


É evidente que o governo brasileiro não busca a “relevância” que a chancelaria israelense tem ganhado nos últimos anos. Menos ainda a “relevância” militar que está sendo exibida vis-à-vis populações indefesas.


Não é muito difícil entender, igualmente, que está cada dia mais complicado ser “parte da solução” neste trágico contencioso. Foi o que rapidamente entenderam o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, depois de suas passagens por Tel Aviv, quando tentaram sem êxito pôr o fim às hostilidades.


Como temos posições claras sobre a situação do Oriente Médio – reconhecimento do direito de Israel e Palestina a viverem em paz e segurança – temos sido igualmente claros na condenação de toda ação terrorista, parta ela de grupos fundamentalistas ou de organizações estatais.



Além de mortes, crianças em estado de choque são cotidiano na sala de emergência, diz médica em Gaza

Brasil reforça crítica a Israel por ofensiva em Gaza e retira embaixador do país

No 4º ataque contra instalações da ONU, Israel mata dezenas em escola na Faixa de Gaza

 
Estive, mais de uma vez, em Israel e na Palestina. Observei a implantação de colônias israelenses em Jerusalém Oriental, condenadas mundialmente, até por aliados incondicionais do governo de Tel Aviv. Vi a situação de virtual apartheid em que vivem grandes contingentes de palestinos. Constatei também que são muitos os israelenses que almejam uma paz duradoura fundada na existência de dois Estados viáveis, soberanos e seguros.


É amplamente conhecida a posição que o Brasil teve no momento da fundação do Estado de Israel. Não pode haver nenhuma dúvida sobre a perenidade desse compromisso.


Temos reiterado que a irresolução da crise palestina alimenta a instabilidade no Oriente Médio e leva água ao moinho do fundamentalismo, ameaçando a paz mundial. Não se trata, assim, de um conflito regional, mas de uma crise de alcance global.

Agência Brasil


É preocupante que os acontecimentos atuais na Palestina sirvam de estímulo para intoleráveis manifestações antissemitas, como têm ocorrido em algumas partes, felizmente não aqui no Brasil.


A criação do Estado de Israel, nos anos quarenta, após a tragédia do Holocausto, foi uma ação afirmativa da comunidade internacional para reparar minimamente o horror provocado pelo nazi-fascismo contra judeus, ciganos, homossexuais, comunistas e socialdemocratas.  Mas o fantasma do ressurgimento ou da persistência do antissemitismo não pode ser um álibi que justifique o massacre atual na Faixa de Gaza.


Leia especial de Opera Mundi sobre os 65 anos da criação do Estado de Israel


O Brasil e o mundo têm uma dívida enorme para com as comunidades judaicas que iluminaram as artes, a ciência e a política e fazem parte da construção da Nação brasileira.  Foi esse sentimento que Lula expressou em seu discurso, anos atrás, na Knesset, quando evocou, por exemplo, o papel de um Carlos e de um Moacir Scliar ou de uma Clarice Lispector para a cultura brasileira. A lista é interminável e a ela se juntam lutadores sociais como Jacob Gorender, Salomão Malina, Chael Charles Schraier, Iara Iavelberg, Ana Rosa Kucinski e tantos outros.


Nunca os esqueceremos.


(*) Marco Aurélio Garcia é assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais 


Disponível em: (http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/37161/o%20que%20esta%20em%20jogo%20na%20faixa%20de%20gaza.shtml). Acesso em: 30/jul/2014.

Sabatina da CNI. Dilma discute projetos. Aécio e Campos discursam (Cf. Helena Sthephanowitz)

30/jul/2014...

Em sabatina da CNI, Dilma discute projetos, enquanto Aécio e Campos discursam

Candidato do PSB perde pontos com promessas difíceis de cumprir. Tucano adota tom que mais agrada ao mercado financeiro que ao empresariado. Petista defende políticas atuais e promete melhorias
por Helena Sthephanowitz publicado 30/07/2014 19:17, última modificação 30/07/2014 19:50
MIGUEL ÂNGELO/CNI
dilmacniMiguel Ângelo_cni.jpg
Dilma cumprimenta representantes da indústria após sabatina. Contraposição a Aécio marca encontro
Os assessores de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) devem estar atordoados com a participação da presidenta Dilma Rousseff (PT) na sabatina da Confederação Nacional da Indústria (CNI), tamanha foi a aula de competência dela na área econômica, em contraste com o vazio de propostas e a platitude dos dois adversários.
Cada um participou em horário diferente, no formado de três entrevistas diferentes, uma com cada candidato. Todos assumiram compromissos com várias pautas apresentadas pela entidade, em geral as consensuais, já que cada candidato recebeu vários cadernos temáticos com propostas e demandas do setor.
Eduardo Campos foi o primeiro a ser sabatinado. Criticou o governo federal, apresentou propostas genéricas sobre a indústria brasileira e requentou promessas. Ao responder pergunta sobre que importância o setor da indústria vai ter no governo, Campos iniciou um discurso de que a “solução” para a melhora do setor está na política. Segundo ele “é preciso acabar com o presidencialismo de coalizão para também estimular o setor” e “a produtividade pública do Brasil é baixíssima”.
Mas, na hora de dizer o que vai fazer, foi semelhante àqueles vendedores que prometem terreno na lua. Por exemplo, fazer reformas na primeira semana de governo. Na reforma tributária, falta combinar com o Congresso Nacional, os governadores e com os grupos de pressão setoriais que atuam sobre o Legislativo. Em suma, o pernambucano perdeu pontos em uma plateia de empresários pragmáticos, bem informados e insensíveis a populismo empresarial.
Em seguida, Aécio Neves, apesar de ter boa parte da torcida ao seu lado e que o aplaudiu,decepcionou por ser evasivo. Também reclamou, criticou, mas, na hora de propor projetos, limitou-se a acenar com as medidas amargas que mais agradam ao setor financeiro do que o industrial.
Repetiu os chavões neoliberais de choque de gestão, corte de custos, privatizações, que filosoficamente agradam os empresários, mas pragmaticamente todos ali sabem que as práticas e acordos políticos que Aécio fez em Minas para ter a governabilidade são até bem mais concessivas à velha política do que as adotadas pelo atual governo federal.
Além disso, o setor produtivo não abre mão de políticas industriais promovidas por governos desenvolvimentistas, até porque todos os países ricos fazem isso, de uma forma ou de outra, para defender e crescer seu parque industrial. Por fim, Aécio retomou o tomo do retrocesso e defendeu uma das principais bandeiras do governo de Fernando Henrique Cardoso, as agências reguladoras. “O resgate das agências reguladoras parece urgente e possível de ser enfrentado nos primeiros dias de governo.”
Dilma Rousseff foi a última a falar, adotando comprometimento com seu projeto nacional, sem escapismos. Falou sobre o que foi feito em desonerações, desburocratização, redução dos custos de logística e de produção, de qualificação profissional. E falou também mirando o futuro.
Abordou política industrial e geopolítica comercial multipolar para aproveitar oportunidades no comércio com a América Latina, com o G-20 e com os Brics; falou da reforma política necessária para tornar o Estado mais eficiente e transparente, das compras governamentais com conteúdo nacional para fortalecer a indústria, dos investimentos em inovação, educação e pesquisa para aumentar a produtividade, da política energética que até os Estados Unidos fazem com o gás de xisto em vez de seguir o livre mercado. Deu uma aula sobre como o governo estadunidense faz política industrial com as agências de inteligência, recentemente envolvidas na espionagem ilegal, para desenvolvimento de sua indústria de tecnologia da informação e de comunicações, da mesma forma que o Pentágono faz com complexo industrial-militar.
Se depender só do desempenho na sabatina, muitos empresários podem ter escolhido ali sua candidata.
Disponível em: (http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2014/07/em-sabatina-da-cni-dilma-discute-projetos-aecio-e-campos-discursam-5797.html). Acesso em: 30/jul/2014.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Alteração do registro civil. Alteração do nome. O enteado pode alterar nome para acrescentar sobrenome do padrasto. TJSP.



Alteração registro civil. Sentença de improcedência. Pedido de alteração do nome do menor com retirada do sobrenome do pai separado judicialmente da mãe. Possibilidade. Lei 11.924/2009. Recurso provido para anular a r. Sentença.  (TJSP – APL nº 00289595520128260003, Relator  Teixeira Leite,  4ª Câmara de Direito Privado , J. 13/02/2014).

Disponível em: (http://ibdfam.org.br/jurisprudencia/2614/Altera%C3%A7%C3%A3o%20do%20registro%20civil.%20Lei%2011.924/09.%20Possibilidade). Acesso em: 29/jul/2014.

Acesso ao Acórdão: (http://ibdfam.org.br/imagens_up/TJ-SP(3).pdf). Acesso em: 29/jul/2014.

Criciúma e Comarcas da região terão processo eletrônico a partir do próximo dia 04 de agosto...

29/jul/2014...

Expectativa otimista pela chegada do processo eletrônico em comarcas do Sul de SC

29/07/2014 09:58

Na expectativa de poder oferecer uma prestação jurisdicional mais célere e efetiva para a sociedade, a juíza Débora Driwin Rieger Zanini, titular da 2ª Vara Criminal da comarca de Criciúma, está otimista com a implantação do processo eletrônico no Sul do Estado. Ela, ao final da tarde da última segunda-feira (28/7), no Salão do Júri do Fórum de Criciúma, compôs o grupo de magistrados, assessores e chefes de secretaria de 10 comarcas da região que esteve reunido com dirigentes do Conselho Gestor de Tecnologia da Informação (CGInfo).

Na oportunidade, como de hábito nas comarcas que estão prestes a ingressar na era virtual, o desembargador Jorge Henrique Schaefer Martins fez uma explanação sobre projeto IPE (SAJ5 – Processo Digital), seguido de esclarecimentos práticos e pontuais sobre aspectos técnicos, sob responsabilidade do juiz de 2º Grau Dinart Francisco Machado, assessor Giovanni Moresco e técnico Lúcio Franzen. Verdadeira imersão em uma realidade que já alcança mais de 80 comarcas em todo o Estado e que, até outubro, cobrirá todas as unidades de 1º Grau.

Desta feita, as comarcas beneficiadas serão Araranguá, Lauro Müller, Orleans, Santa Rosa do Sul, Sombrio e Urussanga (ciclo 16); e Criciúma, Forquilhinha, Içara e Turvo (ciclo 17). O primeiro destes dois ciclo terá virada de chave na próxima segunda-feira (4/08). O seguinte em 18 de agosto. "Sou otimista por natureza, creio que quanto mais rápido for nossa adaptação, melhores resultados poderemos oferecer para a comunidade", afirma a juíza Débora.

Ela, em sua primeira intervenção após ouvir a apresentação do CGInfo, questionou a possibilidade de digitalizar todo o acervo de sua unidade, composto atualmente por quatro mil processos. Embora a prioridade de momento seja a implantação do processo virtual, os técnicos acreditam que seja viável atender ao pleito em médio prazo."Certa dificuldade teremos, é natural, mas temos que olhar para o futuro", concluiu a magistrada.  

Fotos: Ângelo Medeiros/Assessoria de Imprensa do TJSC
 
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)
Textos: Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa, Maria Fernanda Martins e Sandra de Araujo

Disponível em: (http://portal.tjsc.jus.br/web/sala-de-imprensa/noticias/visualizar/-/asset_publisher/I22DU7evsBM8/content/expectativa-otimista-pela-chegada-do-processo-eletronico-em-comarcas-do-sul-de-sc). Acesso em: 29/jul/2014.



segunda-feira, 28 de julho de 2014

Alimentos compensatórios. Cabíveis para restabelecer equilíbrio financeiro entre os Ex-Cônjuges. Partilha pendente. Alimentante permanece na administração e utilização exclusivas dos bens comuns. TJRS.


Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS COMPENSATÓRIOS EM FAVOR DA EX-MULHER. POSSIBILIDADE NO CASO. Os alimentos compensatórios são fixados quando um dos cônjuges permanece na administração do patrimônio ou usufruindo dos bens comuns, de forma exclusiva. Seu fito é, portanto, a de restabelecer o equilíbrio financeiro entre os cônjuges, cabíveis, pois, no caso. NEGADO SEGUIMENTO. (Agravo de Instrumento Nº 70058693425, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 25/02/2014).

Disponível em: (http://www3.tjrs.jus.br/versao_impressao/imprimirjurisprudencia.php). Acesso em: 28/jul/2014.

Acesso ao Acórdão: Inteiro Teor: doc  html

Adoção direta. Destituição do poder familiar. Cabimento. Adotantes detem guarda desde nascimento da criança. Melhor interesse da criança. TJRS.

28/jul/2014... Atualização 29/jul/2014...

Ementa:  

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR E ADOÇÃO. MANUTENÇÃO DA SITUAÇÃO DE FATO QUE CONTEMPLA O MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA. No caso concreto, o casal adotante está exercendo a guarda da criança desde o nascimento e, além disso, a genitora não demonstrou nenhum interesse na alteração na situação da filha. Assim, não há motivo para mudanças bruscas nos laços familiares já consolidados, causando-se prejuízo psicológico à infante. NEGARAM PROVIMENTO AO APELO. (Apelação Cível Nº 70058121443, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 27/02/2014).

Disponível em: (http://www3.tjrs.jus.br/versao_impressao/imprimirjurisprudencia.php). Acesso em: 28/juk/2014.

Acesso ao Acórdão: Inteiro Teor: doc  html

Ação de Alimentos. Filho maior e capaz. Embora portador de HIV está apto para o trabalho. Pai desobrigado. Improcedência da ação.TJRS.

28/jul/2014...

Ementa:  

ALIMENTOS. FILHO MAIOR, CAPAZ E APTO AO TRABALHO. AUSÊNCIA DE NECESSIDADE. 1. Se o alimentado já conta com quase 36 anos, é maior, capaz, saudável, apto ao trabalho e tem formação superior, ainda que incompleta, tendo plenas condições de se manter, descabe a fixação da obrigação alimentar. não merece prosperar o pleito recursal. 2. O mero fato de ser portador do vírus HIV não é por si só incapacitante, sendo controlável, bastando que a pessoa tome a medicação e observe uma vida regrada. 3. Mesmo que o genitor tenha ofertado alimentos, é possível o juízo de improcedência da ação, mormente quando o próprio alimentante manifestou interesse em desistir da ação. Recurso desprovido. (Apelação Cível Nº 70052315843, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, Julgado em 17/12/2012).

Disponível em: (http://www3.tjrs.jus.br/versao_impressao/imprimirjurisprudencia.php). Acesso em: 28/jul/2014.

Acesso ao Acórdão: Inteiro Teor: doc  html

domingo, 27 de julho de 2014

Ação de Alimentos. Filhos desobrigados. Pai abandonou filhos há 30 anos. Embora velho e doente Pai não obteve sucesso na Justiça. TJSC.

27/jul/2014... Atualização 28/jul/2014...

Pai que abandonou filhos busca amparo após 30 anos mas tem apelo rejeitado na Justiça

25/07/2014 10:26

A 2ª Câmara de Direito Civil do TJ manteve decisão que negou ação de alimentos promovida por um homem, com problemas de saúde e situação financeira precária, em desfavor dos filhos. Segundo os autos, o demandante perdeu contato com os descendentes há 30 anos; a reaproximação ocorreu somente quando ele descobriu que um dos filhos atuava como juiz de direito no sul do país.


Ao tentar restabelecer os laços familiares, o pai foi repelido pelos filhos, os quais pediram que não os procurasse mais. O homem, então, buscou amparo material para sua subsistência na Justiça. Alegou ser idoso, portador do vírus HIV e não ter trabalho fixo. De acordo com testemunhas, o autor abandonou o antigo trabalho por iniciativa própria. Não há também nenhum atestado anexado aos autos que comprove sua debilidade física.


Para o desembargador João Batista Góes Ulysséa, relator do recurso, o apelante não demonstrou necessidade de receber alimentos porque, no atual estágio da medicina, o vírus HIV não é justificativa para invalidez, e os órgãos de saúde concedem pleno amparo médico e psicológico aos doentes.


"O autor nunca exerceu seu papel de pai, seja mediante prestações materiais, seja mediante apoio emocional. Nessa linha, segundo a sentença, a solidariedade familiar não pode ser invocada por aquele que nunca foi solidário com os filhos, tendo falhado em seus deveres de sustento, guarda e educação, deixando de prestar-lhes atenção e afeto", ponderou o magistrado. A decisão foi unânime.


 Fotos: Divulgação/Morguefile
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)
Textos: Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa, Maria Fernanda Martins e Sandra de Araujo

Disponível em: (http://portal.tjsc.jus.br/web/sala-de-imprensa/noticias/visualizar/-/asset_publisher/I22DU7evsBM8/content/pai-que-abandonou-filhos-busca-amparo-apos-30-anos-mas-tem-apelo-rejeitado-na-justica). Acesso em: 27/jul/2014.

Ementa:

    APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ALIMENTOS PROMOVIDA PELO PAI EM DESFAVOR DO FILHO. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. DESCUMPRIMENTO DOS DEVERES INERENTES AO PODER FAMILIAR. GENITOR QUE NÃO MANTÉM CONTATO COM OS FILHOS HÁ TRINTA ANOS. RELATIVIZAÇÃO DO PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE FAMILIAR. FATO SUPERVENIENTE. AUTOR DIAGNOSTICADO COM HIV/AIDS. FATO QUE, POR SI SÓ, NÃO JUSTIFICA A IMPOSIÇÃO DO ENCARGO ALIMENTAR. FALTA DE PROVA DA NECESSIDADE DOS ALIMENTOS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.   Não tem direito a alimentos o genitor que se revela capaz de prover as suas próprias necessidades. A solidariedade familiar não é absoluta, na hipótese de o pai ter se afastado da família e dos filhos, quando estes contavam apenas dois anos de idade, sem prestar-lhes qualquer tipo de assistência emocional, afetiva, financeira ou educacional, e, após três décadas, reaproximar-se deles para pleitear alimentos.    "O mero fato de ser portador do vírus HIV não é por si só incapacitante, sendo controlável, bastando que a pessoa tome a medicação e observe uma vida regrada." (TJRS, Apelação Cível n. 70052315843, rel. Des. Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, j. 17-12-2012). (TJSC, Apelação Cível n. 2013.007881-4, de Itajaí, rel. Des. João Batista Góes Ulysséa, j. 26-06-2014).

Disponível em: (http://app.tjsc.jus.br/jurisprudencia/avancada.jsp#resultado_ancora). Acesso em: 28/jul/2014.

Acesso ao Acórdão: (http://app6.tjsc.jus.br/cposg/pcpoQuestConvPDFframeset.jsp?cdProcesso=01000NZYS0000&nuSeqProcessoMv=36&tipoDocumento=D&nuDocumento=7049696). Acesso em: 28/jul/2014.

Gilmar tira tucano da forca (Paulo Henrique Amorim) | Conversa Afiada

sábado, 26 de julho de 2014

Brasil, Israel e os anões morais (Leonardo Attuch)

26/jul/2014...


sábado, 26 de julho de 2014

MASSACRE DOS PALESTINOS - Os anões morais.

2014 

Brasil, Israel e os anões morais

 "Ninguém tem feito tanto pelo antissemitismo que se alastra pelo mundo como o criminoso de guerra Benjamin Netanyahu

Leonardo Attuch, Brasil 247
Israel tem hoje um grande inimigo, com armas de destruição em massa. É um inimigo interno, com potencial para destruir seu próprio estado. Seu nome é Benjamin Netanyahu. Sim, desde a Alemanha nazista, ninguém tem promovido o antissemitismo que se alastra ao redor do mundo quanto o primeiro-ministro israelense, que ocupa o cargo desde 2009 e, desde então, tem ampliado a segregação do povo palestino e ignorado todo e qualquer esforço pela paz.

Na mais recente escalada de violência, Netanyahu liderou atrocidades que, tivessem sido cometidas por qualquer outro líder mundial, o colocariam na lata de lixo da história e nos tribunais penais internacionais por crimes de guerra. Em seu incessante banho de sangue da operação “Margem Protetora”, Netanyahu foi capaz de bombardear um hospital e até mesmo uma escola da Organização das Nações Unidas que abrigava refugiados na Faixa de Gaza. Atitudes que deixaram o secretário-geral Ban-Ki-Moon “estarrecido” e que devem motivar uma investigação aprofundada das Nações Unidas por crimes de guerra.
O apoio incondicional de aliados como Estados Unidos e Inglaterra ao “direito de Israel de se defender” alimentou a ilusão, em Netanyahu, de que ele teria salvo-conduto para assassinar civis impunemente, incluindo mulheres e crianças. Ocorre que o apoio a Israel é cada vez mais pesado em sociedades abertas e democráticas. Haverá um dia em que será tão insustentável quanto o apoio que os mesmos americanos e ingleses, com a ajuda de Israel, concederam ao apartheid na África do Sul – aliás, apartheid é uma palavra até moderada para definir o que os israelenses fazem em relação aos palestinos.

Foi exatamente nesse contexto que a diplomacia brasileira, responsável pelo primeiro voto para a criação do Estado de Israel, mas sempre fiel às questões humanitárias, se levantou contra a barbárie liderada por Netanyahu. A nota, que condena a desproporcionalidade da reação ao Hamas, veio em boa hora e deve servir de alerta ao mundo civilizado com uma mensagem clara de que não há mais espaço, no século XXI, para genocídios.

Patética foi apenas a reação do governo de Israel, por meio do porta-voz Yigal Palmor, que chamou o Brasil de “anão diplomático” e ironizou a derrota da seleção brasileira por 7 a 1 na Copa do Mundo, que seria “desproporcional”.

Comparar um jogo de futebol à matança de mulheres e crianças revela apenas que, a Israel, faltam argumentos e que suas lideranças decidiram jogar no time dos anões morais."
Disponível em: (http://blogdeumsem-mdia.blogspot.com.br/2014/07/massacre-dos-palestinos-os-anoes-morais.html). Acesso em: 26/jul/2014.

Erro judiciário. Acaso retirou da prisão um condenado por estupro. (Cf. Marina Schettini)

26/jul/2014...

Acaso pune e também salva  

Paulo Antônio da Silva, 68, fala sobre os mais de cinco anos que ficou preso, condenado por estupro

 

PUBLICADO EM 26/07/14 - 03h00

Em casa, a única companhia de Paulo é o som que vem do rádio. De lá, ecoam frases religiosas que são um alento para o homem que passa o dia sozinho, enquanto os filhos cumprem suas obrigações diárias. Na sala de estar, o principal cômodo da pequena casa, estão também quadros que reproduzem cenas católicas e uma Bíblia, guardada sobre um dos poucos móveis do local.
O cenário dá uma prévia do que fez o ex-porteiro manter a esperança durante todos os anos de acusações injustas: a fé. Paulo Antônio da Silva recebeu a reportagem de O TEMPOem sua casa, nesta sexta, para uma conversa. Em pouco mais de uma hora, falou das dificuldades vividas na prisão e do alívio ao ser inocentado, 15 anos depois, por um golpe de sorte, quando uma das vítimas reconheceu, na rua, o verdadeiro criminoso.
Aos 68 anos, com o andar difícil, os olhos cansados e a saúde castigada por cinco anos e sete meses de prisão injusta, Paulo demonstra boa memória com nomes. Ele se lembra bem das pessoas que o ajudaram, como a “dona Célia, síndica do prédio em que eu trabalhava como porteiro, e os doutores Robson, advogado, e Nelci, delegada”, que o acompanharam no início do processo. Mas ele também guarda rancor pelos parentes que não o teriam ajudado, em especial um irmão, “o sargento da Polícia Militar”, e um advogado dos tempos do julgamento.
Veja vídeo
Anos perdidos
Paulo também é bom com datas, pelo menos aquelas que marcaram a luta para provar sua inocência, inclusive um 1º de abril, em 1997, ironicamente dia da mentira, quando ele foi levado pela primeira vez à delegacia para prestar depoimento sobre os crimes que lhe roubariam anos de trabalho e de convivência familiar.
Anos que o privaram de ver o crescimento das filhas, que o afastaram da mulher e o impediram de dar um tão lamentado adeus à mãe, que morreu enquanto ele ainda estava preso.
Hoje, Paulo comemora os 25 anos da filha do meio, Ana Paula. Ele também é pai de Adelson, 39, e Natália, a caçula, de 22 anos. Com tristeza, se lembra do quarto filho, que morreu aos 14 anos em um acidente. Mas não dá muitos detalhes, afinal, é “coisa ruim de falar”, justifica.
O único vício adquirido ao longo da vida foi o cigarro, apesar de os médicos já terem avisado que faz mal à saúde. O ex-porteiro nunca bebeu. Antes de ser confundido com um estuprador, também não teve qualquer problema com a Justiça, nunca havia sido preso.
Para o futuro, ele pensa em usar os R$ 2 milhões que deve receber de indenização para comprar um imóvel e incrementar a renda da aposentadoria. “Por causa desse dinheiro, meus filhos não querem mais que eu fique aqui, sozinho. Mas eu não tenho medo. É como aquela música que fala que o ladrão foi lá em casa e quase morreu do coração. Não tem uma música assim?”, pergunta, referindo-se a “Pega Eu”, de Bezerra da Silva. Parece que ainda não se deu conta do montante que poderá receber.
Outro desejo é arrumar uma companheira. Para isso, ele já ensaia investir no visual e adianta que a filha Ana Paula sugere a retirada do chapéu para ficar mais bonito. Mas enquanto a amada não chega, ele aproveita os dias de liberdade passeando pelas ruas do bairro (que não será divulgado para preservá-lo) e cuidando de suas galinhas, tentando, quem sabe, compensar o tempo perdido.
Entenda o caso
Prisão. Paulo ficou cinco anos e sete meses preso em regime fechado, até ter o benefício da prisão domiciliar, em 2002.
Ação. A investigação voltou à tona em março de 2012 após uma mulher que havia sido estuprada quando criança reconhecer o suspeito ao andar pelo bairro Anchieta, na região Centro-Sul da capital. Ela chamou a polícia, que prendeu o ex-bancário Pedro Meyer, o Maníaco do Anchieta. Ele confessou. Paulo foi então inocentado.
Indenização. Nesta semana, a Justiça decidiu que o Estado deve indenizar o ex-porteiro em R$ 2 milhões. Cabe recurso.
(Disponível em: (http://www.otempo.com.br/cidades/acaso-pune-e-tamb%C3%A9m-salva-1.889723). Acesso em: 26/jul/2014.